A companhia que Walter Elias Disney (1901-1966) e seu irmão fundaram em 1923 era especializada em produzir curtas metragens de animação, usando a então recentíssima inovação do som no cinema. Com a novidade, ganhou tanto dinheiro que pôde investir no seu primeiro sonho: um filme de longa-metragem inteiramente desenhado, sobre uma temática de conto de fadas e estruturado como uma peça musical. Assim, em 1937, ficou pronto “Branca de Neve e os Sete Anões”. Até hoje, muito do modo de produção das longas de animação ainda tem origem nesse filme pioneiro, como por exemplo o facto de se gravar a banda sonora antes da execução dos desenhos, para facilitar a sincronização de áudio e imagem.
O sucesso comercial de “Branca de Neve” foi tanto, que Disney pôde investir rapidamente em outros projetos. Em duas décadas, a pequena companhia de curtas metragens seria um conglomerado de media e um império do sector de entretenimento, actuando não só no cinema,
como também na TV, rádio, produção editorial e fonográfica, parques de diversões, hotelaria e turismo.
O responsável desse sucesso financeiro foram os filmes longa-metragem de animação. Mesmo que Walt Disney continuasse produzindo centenas de curtas (usando os personagens Mickey, Donald, Pluto, Pateta, entre vários outros), documentários sobre vida selvagem e filmes com actores de carne-e-osso (“Se Meu Fusca Falasse”, “Operação Cupido”, entre outros), era nos sucessos de “Dumbo” (1941), “Bambi” (1942) e "Cinderella” (1950) que Walt Disney montava o seu negócio.
Walt Disney transformou-se numa lenda, tendo criado, com a ajuda da sua equipa, todo um universo de referências no imaginário infantil de sucessivas gerações. Walt Disney é também a pessoa que mais prémios Oscar ganhou em todos os tempos
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